Nosso nariz possui estruturas internas que contam com três ossos compridos e finos, cobertos com uma camada de tecido que os revestem, para que consigam se expandir. Essas estruturas são denominadas cornetos ou conchas nasais e sua função é aquecer, umidificar e filtrar o ar que respiramos.
Alguns problemas respiratórios podem fazer com que esses cornetos nasais ganhem tamanho exagerado e bloqueiem a entrada de ar, gerando complicações similares ao desvio de septo. Nesse post, iremos falar do procedimento cirúrgico que pode resolver esse problema: a turbinectomia.
A turbinectomia é um procedimento cirúrgico feito para solucionar a dificuldade de respiração de pessoas em decorrência da hipertrofia dos cornetos nasais, um inchaço que impede a livre entrada de ar, não conseguindo filtrá-lo corretamente e que não consegue ser corrigido com o tratamento medicamentoso recomendado pelo otorrinolaringologista.
Ela costuma ser indicada quando o paciente possui uma obstrução nasal importante, que geralmente ocorre devido à traumas na região, infecções ou repetidos quadros de rinite e sinusite crônicas. Sendo assim, o médico opta por realizar a turbinectomia, que pode ser realizada de duas formas: turbinectomia total ou parcial.
Na turbinectomia total, é retirada toda a estrutura dos cornetos nasais, incluindo ossos e cartilagens. Já na turbinectomia parcial, as estruturas das conchas nasais são removidas apenas em partes.
A turbinectomia costuma ser realizada por meio do interior do nariz com o auxílio de um endoscópio, não sendo necessárias incisões internas, com exceção de casos muito complexos. É uma cirurgia simples e de baixo risco, que tem duração média de 30 minutos a uma hora, podendo ser feita tanto com uma anestesia geral, quanto uma local.
A cirurgia consiste na remoção de toda a cobertura mucosa nasal, a fim de corrigir as deformações ósseas e cartilaginosas do septo, sendo posteriormente reposicionada e suturada. O médico é quem irá definir qual o grau da hipertrofia e determinar a retirada total ou parcial das conchas nasais, levando em consideração o risco de uma nova hipertrofia, além do histórico de saúde do paciente.
O pós-operatório da turbinectomia não possui muitas recomendações, por se tratar de um procedimento simples e com baixo risco. Com o fim da anestesia, o paciente geralmente recebe alta e pode retornar para casa, precisando apenas repousar por 48 horas, a fim de prevenir sangramentos significativos.
É natural que ocorram breves sangramentos nasais pelo nariz ou garganta, porém não haverá a presença de dor. O procedimento da turbinectomia, apesar de duradouro, é invasivo e pode levar um tempo para a cicatrização total. Por isso, é fundamental a higienização nasal com soro fisiológico e a remoção semanal das crostas nasais (sangue coagulado) pelo médico, que porventura venham a se formar.
Assim como a turbinectomia, a turbinoplastia também é um procedimento de correção dos cornetos nasais. Porém, diferentemente da primeira, a turbinoplastia não remove as conchas nasais, apenas as muda de lugar para que o ar possa passar sem complicações.
Contudo, nem sempre a mudança de local dos cornetos nasais é capaz de regularizar a respiração. Então é recomendada a remoção de uma pequena parte ou de toda a concha nasal pelo otorrinolaringologista, que é a turbinectomia.
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